sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

+1.

Novamente natal.
Eu aqui, na segurança do meu quarto, ouvindo O Rappa.
O natal desse ano parece até uma continuação do natal passado, é como se eu tivesse na mesma noite de um ano atrás. Rápido demais. Muito mesmo.
A diferença é tão singela e dantesca ao mesmo tempo.
Hoje eu posso, eu consigo sentir tudo a minha volta, a vida circula em cada partícula do meu corpo. E o sorriso se faz presente.
Trabalhei na madrugada, foi sossegado.
Pra variar estou muito feliz.
Sabe caro leitor hoje eu me sinto especial, consegui perdoar meus erros, ergui minha cabeça diante de cada tropeço.
Crescer tem sido bom!
Me sinto com um gás enorme, e esse gás pede para ser gasto. Essa energia me move.


Uhuuu...eu estou vivendo!


O ano termina e 2009 foi super, foi mega, foi blaster.
Eu me pergunto até quando esse ciclo vai continuar? Até quando o senhor da vida nos permitirá seguir com nossos erros e acertos? O fim estará mesmo próximo?
Eu não tenho essas respostas.
Costumo pensar da seguinte forma...

...faça tudo que você acha necessário, faça o que você pode. O que esta ao seu alcance. E se mesmo assim as coisas não derem certo, você terá uma certeza. A culpa não foi sua, pois você encarou a vida de frente, você correu atrás.
Certas coisas estão acima de nossas mãos, e para todas as outras basta pular o mais auto possível.


Um brinde a VIDA
e um abraço para VOCÊ.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A guriazinha - Final.



O majestoso anjo olhou no fundo dos olhos da menininha, podia tocar em sua alma, tamanha era a sinceridade do seu olhar.
- Pule! - disse o anjo -, e desse modo você não sentirá mais dor alguma, e sua tristeza acabará. Porem, lá em baixo o sol não brilha e você nunca mais verá o brilho das estrelas e jamais voltará a se refrescar nos ventos da noite.
Ou se preferir, volte comigo! Volte a viver, e dessa forma sentirá a sua dor e toda sua tristeza continuará. Mas, se você voltar, eu lhe prometo menininha que vou permanecer a seu lado, prometo me sentar contigo sob as arvores do jardim, e farei o vento soprar em sua varanda sempre que for necessário.
Volte comigo. Eu lhe ofereço minha eternidade, minha presença.

- A escolha é só sua!

A menininha se colocou a pensar por algum tempo, e então começou a andar. Foi até a ponta do penhasco, olhou para baixo e seu corpo estremeceu, seus olhos arderam, e seu coração parou.

A menininha morreu, e o anjo chorou.

Tal como um relógio, que após um longo tempo sem funcionar volta a fazer tic tac, o coração da menininha voltou a bater.
É que quando tudo parece ter chegado ao fim, quando nada mais é possível, e quando o fim se faz presente é preciso que morramos, pois somente assim poderemos enterrar o passado e começar de novo.
A guriazinha correu, correu como jamais havia feito antes, correu para os braços do seu anjo, ele a esperava de braços abertos...
Entrelaçada nos braços do seu nobre anjo a menininha chorou, sua lágrima foi sua semente, a semente do novo.

O anjo sorriu e disse.
- Foi uma escolha sábia menininha
.
P.S Leiam os capitulos anteriores.
(Imagem, by google)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O café, a faca e a chuva.

Eu certamente gostaria de escrever sobre algo de bom, falar talvez do meu niver que foi ontem, ou quem sabe falar do sábado MARAVILHOSO que passei ao lado dos amigos. Mas infelizmente, esses não serão o tema do post de hoje.


Se você meu caro leitor mora em sampa, ou se assiste ao noticiario, certamente deve saber que hoje caiu uma baita chuva na cidade, o que a fez parar. Marginais e ruas alagadas; trânsito, pessoas chegando atrasadas no serviço, e por ai vai.
Meu dia começou um pouco diferente, hoje acordei vinte minutos atrasado, caia uma baita chuva. Tomei café da manhã, coisa que não faço sempre. Sai de casa por volta das seis horas. Chegando no ponto o ônibus não demorou á passar.
A chuva continuava a cair, ônibus lotado, eu já estava ficando sonolento, fechando e abrindo os olhos.
Dentro do ônibus todas as janelas estavam fechadas, afinal de contas chovia. Algumas janelas estavam entre abertas, e foi por isso, e só por isso, que o fato que me levou a escrever hoje aconteceu.

No ultimo assento, aquele que fica de costas para a porta de saída, sentava-se uma moça com a janela ao lado fechada. Um homem logo atrás dela abriu a janela totalmente, desse modo a chuva começou a molhar a moça, esta por sua vez se irritou e fechou a janela. Começou então um abre e fecha, e nasceu assim uma pequena discussão verbal.
Nesse vai e vem um outro rapaz que estava ali perto entrou na discussão em defesa da moça, alegando que era impossível abrir a janela, pois a moça se molharia, e concluiu salientando que o homem que tanto queria a janela aberta trajava uma blusa de frio, sendo assim, não estava realmente com calor.


Acho que todos nos já pegamos ônibus lotado em dia de chuva. É horrível, tudo abafado, aquele monte de gente respirando o mesmo ar, porem, abrir as janelas molharia todos que estivessem sentados.
O tal homem, que tanto queria a janela aberta, sacou de dentro da bolsa uma faca enorme, igual aquelas de açougueiro, e tentou desesperadamente esfaquear a moça e o rapaz, por muito pouco ele não conseguiu. Nesse momento o interior do ônibus se tornou um verdadeiro caus, pessoas correndo, gritando, outros pularam a catraca, e alguns saíram para fora. E só para ressaltar, tudo isso aconteceu as sete da manhã, em meio ao trânsito da via dutra.
Fim da história, o homem foi posto para fora do ônibus, ninguém saiu ferido, e o mundo que não havia parado, continuou a rodar.

Eu, em meio a tudo isso, confesso que também corri, que também entrei em desespero. Pensei por alguns instantes que iria morrer ali.
Passado todo o desespero eu comecei a tremer, tive vontade de chorar, mas não foi por medo, foi por ódio, por raiva. Raiva do ser humano, do homem que mata, que mata um semelhante por mero motivo.
A cada dia eu sinto menos vontade de permanecer nesse mundo. A cada dia eu me surpreendo mais com o ser humano, e o meu maior medo, minha maior vergonha, é saber que também sou...


SER HUMANO.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Acabou.


Vou falar dos amigos, dos meus melhores.



Sei que já falei várias vezes sobre isso, já lamentei até demais, ou melhor...não, eu não lamentei o suficiente.

Foram 15 anos poxa vida, quinze anos indo e vindo da escola, e os últimos três, foram tão bons.
Eu pedi amor, e ganhei amizade. Pedi um alguém especial e ganhei um monte deles.
Nos éramos uma panelinha, éramos o fundão da sala.
Ah, como foi bom, como foi sublime estar com vocês.
Acabou, hoje foi meu ultimo dia de aula. Eles não foram, talvez para não ter que dizer adeus.
O céu traduziu em cores o que eu senti. Ele estava escuro, negro, tal qual eu me sinto.



VAZIO.



Andei pelo pátio, sentei e olhei cada lugar que costumávamos sentar juntos para conversar, rir uns dos outros, ou simplesmente passar o tempo.
Ah, o tempo como ele é traiçoeiro, como ele é insensível. Continua passando sem se importar com a minha dor, ele não espera eu me recuperar, ele não para, nem mesmo para eu chorar.
Eu só conhecia o AMOR á dois. Porem, agora conheço o amor coletivo. Sinto necessidade do meu grupo. Quero vocês de volta!

A falta é uma doença que mata aos poucos, mas eu sou forte e vou superar.

Mas, se superar a falta for ter que esquecer de vocês, eu prefiro definhar com ela, prefiro morrer da falta que vocês me fazem.