terça-feira, 31 de agosto de 2010

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Hoje eu só queria tempo para ler um bom livro. Queria também um colo, um abraço.
Queria estar sobre a relva, em um dia de sol com brisa leve. Queria teus olhos, meu doce anjo. Teus lábios, teu corpo todo pra mim.
Queria também entregar o meu corpo todo a você.
O menino cresce, o tempo diminui!

Vontades minhas.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Isso é meu.

Já percebeu como está em alta hoje em dia dizer que os outros, as massas ou o fulano lá da esquina é alienado?

Me pergunto se realmente somos donos dos nossos pensamentos, das nossas ideias e das nossas vontades.
Até onde compramos um ténis ou lemos um livro por livre arbítrio e totalmente dispersos de influencias. Sejam elas de terceiros, midia ou imposição.
Nossas vontades são realmente nossas?
O ultimo filme que você viu no cinema, a pasta de dente que você usa, o seu corte de cabelo, o seu perfume, seu carro...ahhhh, o nosso mundo.
A calça jeans que você usa é preta, skyny, reta ou slim? E a sua camiseta, é aquela do I love New York ou aquela preta super básica deveras desbotada?
Você limpa seu bumbum com personal ou snob, ou quem sabe, com sabugos de milho?
Vai me diz, você escolhe ou é escolhido?
Você vai prestar federal ou estadual, USP, FATEC, HARVARD? Você viu na tv, no jornal ou simplesmente ouviu dizer que elas são as melhores, ou foi o ultimo senso do MEC que apontou elas como "as melhores"? Você acredita no MEC? Por quê?
A sua vida, o seu plano de ação, de onde vieram suas bases?
Até onde somos manipulados, e mais, até que ponto sabemos que somos? E podemos nos livrar dessa manipulação? Ela, a manipulação, realmente existe?

Há entre as opções, no momento exato em que nós, donos de nossas escolhas podemos optar por isso ou aquilo, mas estamos de fato buscando, analisando, selecionando? Ou simplesmsnete aceitando?

domingo, 15 de agosto de 2010

agora este.

Um homenzinho qualquer construiu uma muralha em torno de si e colocou-se a observar a vida alheia lá de dentro. Ele prestava atençaõ a cada passo, a cada atitude alheia, tinha sempre um ponto de vista, uma opinião formada sobre tudo e todos, mas ele, o homenzinho, não sabia quem era de fato.
Na verdade ele era os outros, após alguns anos de tanto observar a vida alheia ele acabou tornando-se a própria vida alheia.
O homenzinho sabia dar sábios conselhos, mas ele, coitado, nunca conseguia segui-los. O acontecimento mais recente da vida desse homenzinho foi um tapa na cara, isso mesmo, deram-lhe um tapa na cara.
Ó, pobre homem que ainda acreditava que o tempo tudo resolve, tudo encaixa. Mentira! O tempo destrói, apaga, maltrata, acaba, conclui. Ele, o tempo, é mau. Perverso Sr. Tempo.
Esse homenzinho além de fuxiqueiro era burro, hipócrita e feio.
Ele possuia o popular "dom" da auto-enganação... - Está tudo bem, tudo bem.
Sou forçado a dar altas gargalhadas ao lembrar-me daquele homenzinho, vejo ele todos os dias...
um pedacinho de merda, isso, ele é um pedacinho de merda.

domingo, 8 de agosto de 2010

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engraçado, eu tinha planejado um abraço sincero talvez o meu primeiro abraço sincero em você. As coisas estavam indo tão bem entre todos nós e como sempre tudo desabou.
Podíamos ter tido um pouco mais de sorte, as coisas poderiam ter ido por água abaixo amanhã talvez.
Mas não, elas caíram hoje. Elas vêem caindo a muito tempo. Nós até tentamos conserta-las, dia após dia, semana após semana, ano a ano.
Confesso que sonhei com o dia de hoje...estávamos em nossa nova casa. Você em pé na cozinha nova toda rodeada de azulejo branco, parado ao lado da pia, então eu chegava te abraçava e pela primeira vez, que eu me recordo, eu te beijei o rosto. Foi sincero, eu juro. Acho que pela primeira vez, mesmo em um sonho, eu pude entender qual o papel de um pai perante um filho, uma mistura de proteção, lealdade, bem-estar, amor...um amor diferente dos que eu conheço, ou melhor, dos que eu julgo conhecer.
Existe muito sobre você que eu desconheço, somos sim, estranhos que moram sob o mesmo teto e vez ou outra dirigimos a palavra um ao outro por consequência ou sei lá porque.
Hoje pela segunda vez você me renegou. Mas eu confesso que em muitos dos meus lamentos também te reneguei.
E se é para confessar, permita-me expor algumas coisas...
Eu não gosto do teu modo de educar.
Eu queria sentir orgulho de você, mas minha hipocrisia ainda não é tamanha que me permita tal proeza.
Ainda que eu não demonstre não deixe que minha indiferença lhe engane...eu te amo.
Enquanto ao fato de você me renegar, não se preocupe, pois você esta ausente desde sempre.
Aos outros, se é que lhes devo explicação, coloco-me no dever de expor...

eu não sou a vítima, eu não sou o bom menino e muito menos o coitado.


hoje pode até ser o dia dos pais, mas dos pais de plástico, dos figurantes sociais.
Pais de verdade são dádivas que merecem ser comemoradas todos os dias.