segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rio.


Eu me pergunto por que não antes, por que não quando era importante para nós e não para mundo?
Por que só arrumamos a casa quando vamos receber visita?

Não é que eu esteja reclamando, estou apenas questionando.

Será que é por que antes estava tudo entre "família" ?

Será mesmo que tudo aquilo foi realmente feito por quem dizem que foi? Ou quem sabe
os manda chuva precisavam de uma boa justificativa para fazer uma faxina tão completa e bem feita?
Pode ser uma visão ampla da situação, ou a mais fechada e inculta de todas elas.


"Rio, nosso Iraque particular! Estão limpando a casa pra 2016. Ônibus queimado e o caus urbano justificam tanques de guerra. BRASIL"

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

inconsistências...


Em um sobre voo tudo não passa de erros e acertos. Pois bem, eis que aqui estamos diante de uma longa estrada, ponte ou coisa assim.
Antes do play um caminho em linha reta, uma perfeição. Após então, tortuoso, cheio de curvas, ladeiras, morros, mas também planícies, planaltos. É escuro e claro, cansativo também. Compensativo ás vezes.



Ponha-se a meditar. Questionar-se, olhar para dentro de se mesmo. Olhemos ao redor, onde feito é desfeito e o dito já não vale mais nada.
Go, corra, ande, pule. Sei que vou custar a estabelecer uma ordem cronológica e até satisfatória, são tantas coisas, há tanta para acreditar, ler, descartar, ver, esmurrar, ouvir, vaiar e aplaudir. Sincronizar é entender. Entender-se para ser mais exato.
Não quero concordância ou padrão nem vou partir daquela velha história de inovação. O caralho com a novidade. Apenas outra parte, ou talvez outro lado. Não, não, apenas uma fatia do bolo do mundo, uma peça de roupa desse armário tão surrado.
Eis que vejo linhas tênues, fios d'água tão indefesos, porém majestosos. Aqui se costuram dúvidas, perguntas e respostas. Hora tudo se define, hora tudo se enrola.




É fácil perceber o processo evolutivo porque até mesmo uma pedra evolui. Pois bem, eu também o fiz, o faço e o farei até o fim. São questões mal resolvidas, deixadas pele metade. Fui fazer a redação volto pra matemática depois. Fugir do clichê é ser o mais clichê possível.
É preguiça, presunção, achismo, e pés no chão. É cabeça no ar.
É dor de cabeça, tendinite, bursite, rinite.
Amídalas cortadas, alfabetização aos dez, primeiro amor aos onze e quatro anos de decepção.

Um punhado de planos bem sucedidos, frases que fazem a tradução. Sorte aqui, azar ali. Mas pra mim tudo é questão de fazer acontecer.
Porra, levanta!
Mas aquela bola pintada de amarelovermelhoquente nasce sempre outra vez, e eis que os pés ainda andam, a cabeça, mesmo que a base de carvão funciona. Doe, grita, ferver, elabora e "pede pros ossos executar"
Não acabou ainda não, essas inconsistências sem sentido, esses fleches vão continuar. Vão evoluir e talvez se organizar.

Sejamos iguais a grãos de areia jogados ao mar, descem devagar vão rodopiando, flutuando até no fundo chegar. Se achegue e aconchegue. Calma, tudo vai melhorar.

(fotos: Arlan Souza)



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Perfeito.


Alem do limo, após o vácuo, depois de muitos anos, alem das décadas, a frente do pensamento e muito acima de tudo que há de concreto.
Aqui estou, aqui permaneço. Em uma terra onde sempre é dia, nesta terra o sol vai da aurora até o crepúsculo, mais nunca alem disso, nunca nas trevas. Não há noite, não há sono.
Aqui encontra-se muito para fazer, ou como costumamos dizer, há muito para ser vivido.
Viver, aqui sentimos, ouvimos, contemplamos, amamos.
Poderia dizer que excede as capacidades humanas. Somos talvez um tipo de verdade concreta, perfeitos.
Paraíso? não. Fazemos parte de um plano bem sucedido, uma ideia em plena ascensão.
Somos todos partes de um conjunto, somos heterogeneamente homogéneos. Irmãos.
Somos notas de um piano, melodia uniforme, constante....perfeita.
Somos uma sinfonia divinal, somos um corpo esculpido em detalhes minunsiosos na mais resistente e inquebrável das rochas. Um beijo, uma criação.
Aqui, ainda que estejamos acima das faculdades humanas praticamos lealdade, amizade,cumplicidade. Aqui somos todos ouvidos.
Você quer falar? Fale, somos bilhões de olhos, mentes atentas e totalmente interresadas no que você tem a dizer. Não costumamos cair, mas se por ventura o fizermos, irmãos nos levantarão. Mãos totalmente interessadas serão estendidas na mais humilde forma a qual chamamos de ajuda.

Eis que somos também um abraço, daqueles de urso, somos dedos que percorrem levemente uma face divinal e a contemplam extasiados. Somos apaixonados uns pelos outros e todos por tudo, tudo que nos cerca.
Somos a manifestação mas sutíl, mas completa, refinada e bela daquilo que está alem da vida, que poderia ser um sonho, mas é belo e perfeito, porque não é real.
(desenho: Arlan Souza)