terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Angus and Julia Stone

 
Eu pensei em escrever sobre o punhado de musicas e bandas que fizeram minha trilha sonora ao longo desse ano, mas Angus and Julia Stone merece mais, merece um post só dele. Permita-me para os recém chegados as devidas apresentações.
Trata-se de uma dupla de irmãos australianos com um som bem tranquilo, calminho calminho.
Conheci eles através do you tube. O duo já está em seu segundo  disco (Down The Way) e tem viajado o mundo todo para divulgar seu trabalho. Lembram bastante um casal Hippye, e como eu mesmo postei esses dias..."eles são tão tudo aquilo que eu quero ser".
Além do som, Angus and Julia Stone me chamou à atenção pela forma como se conduzem em seus vídeos, pelas roupas e pela singularidade na qual estão envoltos. Chego a classifica-los quase como uma forma alternativa de vida. (risos).
Segue dois vídeos do Duo, o primeiro é You're the one that I want, musica pela qual eu os conheci. O outro vídeo trata-se de  Just a Boy, canção que resume perfeitamente o Angus and Julia Stone.


 


 

> site oficial.

domingo, 27 de novembro de 2011

...





Amy veio brindar comigo a solidão. Abraço o conhecimento, ele me beija e a gente transa. É frio. É quente. É apenas o inicio, e por isso eu peço bis.
O sentimentalismo deste camaleão  está vencido e eu não quero arrumar outro.
Mas, por não querer ser redundante vou seguir um velho conselho e me calar.
O silêncio que me traz paz é o mesmo que me enlouquece e me deixa a cada dia mais próximo das velhas profecias.
Queria me bastar!
 Queria me perder por ai em qualquer ideologia comum, mas sei que uma vez que partimos nunca voltamos como saímos.  É uma ida sem volta, mas talvez e com quase certeza,  isso que vivo é tão ideológico quanto à vida deles.
Queria me bastar!
A arrogância é o que tenho de melhor por enquanto, por isso vou usa-la até que eu tenha algo melhor para oferecer.
Este velho de dezenove anos tapa a partir de agora os dois ouvidos para pontos de vista  e análises provenientes do mundo lá fora.
Aos senhores, minha mais completa educação.

domingo, 30 de outubro de 2011

O senhor Cartola Azul - Final


(imagem: lixo extraordinário)

a grama estava alta e cheirava bem, o casal corria por ali, ela de saião bege, camiseta regata branca e o cabelo dividido em pequenas tranças. Ele, calças também bege, largas e camiseta azul da cor do céu. Estavam na praia de chinelos e mãos dadas correndo para o mar.  A moça alta de cintura bonita e cabelo louro segurava a mão direita do rapaz, ligeiramente mais alto. Formavam um belo casal, de longe pareciam irmãos, tratavam-se com uma delicadeza de movimentos suspensos que fugiam totalmente do ritmo do senso comum, eram de Marte. Aquele dia, um feriado nacional. O lugar, o mais pacato litoral.
 Longe e a sós. Eram hippies.
Forraram sobre a grama uma toalha vermelha listrada, não tinham cesta, mas tinham tudo. Comeram, dançaram e tocaram violão, ela buscava flores para botar nos cabelos, enquanto ele lia e divagava.

Segunda-feira  e a toca na cabeça faziam a moça não mais ser hippie, durante dez horas de segunda a sexta ela era assistente de cozinha em um restaurante chinês, cortava, lavava, mexia, secava. O rapaz, porteiro de um prédio no centro. Calças de sarja verde musgo, camisa manga longa branca e casaco de lã, atrás da recepção e com o seu óculos anos cinquenta, ele era comum, não tanto pelo brilho nos olhos e pela sublimação da face. Ao fim do dia, somente as sextas eles iam juntos para casa, passeavam antes pela avenida Souht, de bermuda e chinelo, de vestido e rasterinha, eram simples e eram belos. A casa, um apartamento com sala, quarto, banheiro e cozinha, tinha também uma varanda com pés de chá e aquelas plantas que pendem de seus vasos fixados ao têto. Ali ele lia, ela dormia. Ele tocava, ela cantava. Ela cozinhava, ele comia, ela beijava, ele mordia.

- Certa vez enquanto a moça cuidava das plantas na varanda o rapaz a observou, sentia  um admiração celestial por ela, tão meiga, tão dedica para com a vida e com ele. A apaixonou-se a premira vista pela forma como ela se auto conduzia no mundo, admirava o desapego dela por coisas banais como, como carreira corporativa, dinheiro e luxo, adorava sua aspiração para as coisas simples, como costurar as próprias roupas ou compra-las em brechós, dedicar-se realmente ao que se gosta independente se é rentável ou não, o que segundo ele, quando se faz o que gosta, faz-se, se faz  a coisa mais rentável do mundo.
 Do sofá, ele se perdeu nos movimentos dela, os cabelos amarelados que desciam pelo ombro exposto, todo pontilhado de sardas. Ela percebeu que estava sendo observada, na melhor colocação, admirada. O rapaz se lebvantou e foi até a moça, ajoelhou-se logo ao lado e a beijou na testa. - te amo. - Disse ele com a face marcada por um sorriso singelo.
Tinham milhares de planos para o futuro, no próximo ano por exemplo ele iria para a universidade estudar filosofia e política. Ela faria a  tão desejada inscrição na escola de artes plásticas. Pensavam também em se mudar pra o interior, perto da federal na qual ele prestara vestibular. Estavam a meses planejando tudo, guardando dinheiro e prestes a fazer as malas, foi então que ela caiu, desmaiou nos braços dele. A princípio o rapaz supôs ser uma brincadeira boba dela, mas não fora, explodiu ali uma sucessão de desespero, foram ao hospital mais próximo, voltaram para casa horas depois, mas, dali em diante nada fora como tinham sido, exames, consultas, e uma sucessão de outras coisas, de repente o brilho nos olhos tornou-se desespero, incerteza. Fora tudo muito rápido, seis meses e ela já não tinha mais cabelos, seu corpo esbelto e forte, cheio de vida tornara-se uma estrutura seca e apagada. Ela decidiu morrer no campo, implorou para que o rapaz a tirasse do quarto frio e sem vida do hospital, ele atendeu o pedido, a levou para o interior, a cidade para qual planejavam se mudar.
Certa tarde sentados no sofá de uma casa alugada ela o viu chorando e o abraçou, sorriu para ele, ele tentou sorrir também mas não conseguia, por isso tornou a chorar.

- Ei, sou eu quem está morrendo e não você!
- Somos nós dois então. - respondeu ele.
- Sabemos que é inevitável, acredite, foi bom. Você fez o que pode, e sou grata por ter atendido meu pedido e ter me trazido até aqui, está é nossa vida, foi assim que planejamos e é assim que a estamos vivendo, vou partir com todas as promessas cumpridas, com todos os sonhos realizados, mesmo que a curto prazo. Apenas adiantamos nossas vidas, estamos fazendo em seis meses  o que havíamos planejado fazer em sessenta anos.
 Partirei em paz por ter sido honesta e justa comigo e com você. Mas quando eu tiver ido de verdade, não quero vê-lo chorar, não quero ser evocada do além para consolar a tua dor. Eu não quero que exista dor. Quando eu tiver partido, quero me contentar em ti observar seja lá de onde for que eu estiver e ver que você permanece bem, realizando a cada dia tudo que havíamos planejado e prometido um para o outro.

A garota faleceu quatro anos depois em uma tarde de sábado enquanto cuidava das flores no jardim de casa, mas não sem antes de ter tido uma vida plena, não sem antes de criar seus quadros e suas instalações, não foram nunca grandes obras expostas em salões pelo mundo, mas foram singulares para ela e para ele, cuja maior obra era suas vidas, a vida deles. Quando suspirou pela ultima vez o rapaz segurava suas mãos e sorria sem tirar os olhos dos dela, eram circunferências azul  berrante e que nem de longe demonstravam tristeza, apenas satisfação.

domingo, 23 de outubro de 2011

Rotina.



Cinco e vinte, abro os olhos, pulo da cama. É segunda-feira, estou feliz! Nasci outra vez, vou morrer em cinco dias.
Calço meu chinelo de couro, o banheiro é a minha primeira parada. Mijo, cago. Escovo os dentes.
O chuveiro ligado reflete um fetiche, água quase fria, meio morna. O celular sobre a privada toca Beatles, as vezes Red hot, depende da segunda, nesta em especial o sol acordou antes de mim e está bonito, por isso ouço Samuel Rosa. Me seco, me toco, me detesto e me adoro.
 Camiseta por baixo, camisa por cima. O sapato furou, vou com outro menos furado mas que não é sapato. Cabelo cortado a dez reais e unhas lixadas, bom humor no corpo e na alma.
Na mochila caderno, óculos, molho de chaves e a passagem em cartão. Hoje levo comigo Victor Hugo, não paguei a biblioteca, Weber só semana que vem.
Podemos ir, mas não sem antes tomar um copo d´água.
No portão o segredo é girar a chave duas vezes para a direita e sair, depois duas vezes para a esquerda e fechar.
O sol está alto, eu apreço o paço. No ônibus o cobrador não ouvi o meu bom dia. Por quatro reais e cinquenta e cinco centavos eu tenho o direito coletivo de ir em pé, com mochila entre as pernas e braço levantado. Me sinto assaltado!
Eu durmo em pé e sinto ser levado a curto prazo, mas chego, chego cansado. Subo, corro, sento, levanto e entro. Subo novamente, abro, fecho, abro outra vez e outra. Tiro, me visto, lavo o rosto, saio, bato, imprimo e desço.
- Bom dia!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O senhor Cartola Azul - parte 1.



Magrelo e saltitante, ele era assim, todo felicidade. Seu corpo igualava-se à uma prancha, reta e seca. Cabelos negros e lábios desenhados minuciosamente. Olhos ovais e grandes, orelhas proporcionais ao corpo.
O senhor Cartola Azul era chamado assim por certa ocasião na qual adquiriu incomum cartola de cor azul. Neste mesmo dia ele comprou um par botas marrom, tamanho quarenta e dois. Chegada à hora do sol ir embora o senhor Cartola Azul vestia sua calça xadrez e punha sobre os ombros um velho blazer desbotado. Após amarrar bem firme o cadarço das botas ele sai mundo afora com seu livro "sabe-se lá qual" e com seu semblante de suposições imaginárias. Andava de maneira incomum, a passos largos e com os braços ao vento, todo despreocupado. Era ímpar aquele homem que gostava de acordar as cinco da manhã de uma segunda-feira só para ver o orvalho.
O senhor Cartola Azul passava o tempo livre entre as estantes da biblioteca municipal e os cafés da rua Barão d'vila. Toda sexta, por volta das quatro e meia da tarde ele ia  ate a loja de discos e ocupava uma sala nos fundos, cedida gentilmente pelo senhor Bernardo, que o conhecia de longa data e tinha por ele grande apreço. Uma vez lá, aquele incomum senhor ouvia discos antigos e lia os mais belos livros, fossem eles romances, aventuras ou até mesmo filosofia. Fosse qual fosse o livro, o senhor Cartola Azul lhe dispensava a mais culta e inabalável atenção.
Havia naquele homem um tipo raro de felicidade, alguns descrentes diziam que tudo aquilo não passava de uma mascara feita sob medida para esconder sua desgraça.

(desenho - Arlan Souza)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sonoridade Nostálgica.

(imagem: google.com)


O garoto clicou em uma pasta antiga com musicas igualmente antigas. Eram canções nostálgicas que iam desde James Brow a Rita Lee, Cassia Eller e Legião. Ele usava apenas uma cueca branca; ia dormir dali a pouco mas antes decidiu tomar um pouco de vodka com gelo e shuerps. Aumentou o volume do pc no máximo e começou a mexer o corpo ao som de Caetano, o menino homem dançava bobamente e uma nostalgia mal fundamentada tomava conta do seu ser, ele estava aéreo, mas estava exatamente aonde queria estar e fazendo o que queria fazer. Depois ao som de Cazuza ele gritou.- Ideologia, eu quero uma para viver. Também dançou Rita lee, e repetiu junto com ela que amor é bossa nova e sexo é carnaval. Renato lhe disse para fechar a porta do quarto porque ao telefone podia ser alguém com quem ele queria falar por horas e horas. Até mesmo Roberto tocou naquela noite. Eram canções não de uma geração ou tribo, mas de um monte de gente igual e diferente.

O garoto dançava de modo a parecer um indígena invocando algum tipo de entidade, e de olhos fechados ele sentia toda a saudade contida naquele instante sonoro. Até que voltou para Caetano e pediu para deixarem-no viver, tentar e gozar, e com Ana ele jurou que não ia viver como quem espera um grande amor. Cassia Eller o fez pedir a Deus um pouco de malandragem, afinal de contas ele é só um garoto e não conhece a verdade. Nando Reis o perguntou se ele trocaria a eternidade por esta noite, mas o garoto não soube responder, pensou talvez que noites melhores pudessem vir. Ele disse aos Engenheiros do Hawai que não conseguia odiar ninguém, - e não mentiu enquanto a isso!
Paulinho Moska lhe perguntou o que ele faria se só lhe restasse este dia, foi então que o garoto pediu um help e os Beatles responderam - "Oh Darling, please, belive-me".
Todas aquelas musicas o faziam sentir saudade de um tempo bom, um tempo em que tudo era mais humano e mais consistente. O garoto, embora jovem, é claro, sentia essas coisas que o passar do tempo mostra, ensina e faz sentir.
Enquanto ouvia sua rica pasta de musicas nostálgicas o garoto pensou no quanto o tempo e espaço haviam mudado e no fundo ele sabia que mudar é, e sempre será parte do processo evolutivo do mundo, da pessoas e do universo.
Mas o garoto concordou consigo mesmo, que segundo o que haviam lhe ensinado, evolução é algo positivo, que vem agregar. Transforma sim, também! Mas acima de tudo, evoluir, segundo aquele jovem de cueca branca sentado de frente ao computador as três da manhã de uma sexta-feira, era crescer, transformar, e acima de tudo, tornar-se algo melhor.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Some Words for you.

Os teus cabelos, os teus olhos, deixa-me faze-los meu porto seguro. As tuas palavras, permita-me ouvi-las com o som da tua voz. Quero ver você pronuncia-las. Quero rir das tuas piadas oportunas e quero rir também do contentamento de minha alma na tua simples presença. Espero sinceramente desperta em você igual, ou superior sentimento, espero, com esperança grandiosa que você esteja junto, esteja aqui. Por inteiro, por satisfação. E, assim como eu, por gostar de estar.
Eu consigo ver os teus braços no meu corpo; De, Bebel e Cazuza. Eu observo a chuva lá fora e nós dois aqui dentro, dentro um do outro. A voz deles está tão doce e estamos tão sossegados, tão avulsos ao tempo  e espaço que existe somente o agora, you and me.
Não quero ser o Ar que você respira, a tua vida dependeria da minha, e isso não é opcional. Mas, permita-me então ser uma brisa, que ti refresca e  alivia, conforta e faz a tarde valer a pena. Permita-me tembém ser a lã que ti aquece; e mais, as mãos que exploram teu corpo e sentido, teu juizo e tua razão.
Inteligência não é superioridade, é falar e ser ouvido, é chorar dores que muitas vezes só você entende e conhece.
Dizem que dialogo é coisa fundamental nessa vida, bom, isso parece que já temos, e olha que o nosso é regado a risos, brincadeiras e muito mais.
Não somente a pedidos, mas por satisfação também.
 Cá estão as minhas palavras pra ti.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Erostismo Metódico - Final.


(ilustração: Arlan Souza)

Segundos mais tarde, quando o jovem rapaz estava em pura excitação ele deixou os seios da moça, ergueu levemente a cabeça e olhou no fundo dos olhos da jovem senhorita, por um instante ele a comeu com os olhos, analisou cada pedacinho de sua face, seu busto e seios, e por fim olhou fixamente para a sua boca, foi então que ele mergulhou, e a moça o recebeu com desejo, seus lábios faziam movimentos violentos uns sobre os outros, chupavam-se e mordiam-se,  tão voraz, ambos suspiravam e gemiam. A jovem quase mulher debruçou seus braços sobre as costas largas do jovem quase homem, e o forçou a descer, abandonando assim os lábios dela, o rapaz entendeu o comando e lentamente deslizou seus lábios pelo corpo da senhorita, chupando pedaço a pedaço; primeiro o queixo, depois os seios. Deslizou sua língua molhada pelo ventre da moça, beijou-lhe o umbigo e por fim chegou até virilha, ali o rapaz parou por um milésimo de segundo, a moça pulsando de excitação, forço-o a continuar pressionando levemente a cabeça do jovem rapaz para dentro de suas pernas. O menino era obediente e logo acatou a ordem, sua língua agora era instrumento saciador, ele deleitava-se ali tal qual um menino bobo em um pote de sorvete, a guria continuava com a mão sobre a cabeça dele guiando-a a seu bel prazer até o próximo pedacinho a ser chupado.


Vez ou outra o rapaz assumia o comando e mordia levemente a vagina da quase mulher, ela dava gritinhos de aprovação e gemia excitante.
Agora, sentado em um sofá velho, o garoto menino tinha a jovem senhorita com a boca em seu pênis, ela trabalhava muito bem, descia e subia os lábios, chupava aquele mastro como a um pirulito, o jovem rapaz permanecia no comando, sua mão direita agarrada ao cabelo da senhorita, comandava toda a ação, hora mais rápido, hora mais lento, para a direita ou para a esquerda, em dado momento a moça foi tão voraz que todo o pênis do jovem foi parar em sua boca, ele pendia o pescoço para traz e gemia em sinal de aprovação. A regra era não deixar nada repetitivo demais, desse modo o jovem quase homem suspendeu a moça pelos cabelos, ela ergueu a cabeça para olha-lo nos olhos e nesse instante sua língua lambia os próprios lábios, o rapaz também se levantou e puxou a jovem pela cintura para perto de si, seu pênis já erecto, roçou por entre a fenda nas pernas da moça, ele a beijou outra vez, com sede ainda maior, a deitou no sofá e colocou-se de joelho por entre as pernas da jovem mulher, uma vez ali, o rapaz acariciou seu próprio pênis, e a moça por sua vez assistia aquela cena, sedenta por fazer aquele tão gratificante trabalho. O jovem homem posicionou seu mastro bem a entrada da vagina da jovem mulher, e à medida que ele o empurrava para dentro o jovem rapaz foi debruçando-se sobre o corpo da jovem, ele foi delicado, carinhoso, não havia presa naquele momento, apenas satisfação. No momento em que todo o mastro do jovem rapaz estava dentro da jovem senhorita ele a beijou suavemente, seus lábios produziam pequenos estalos ao soltarem-se um do outro. O jovem homem tirou bem devagar o pênis e o colocou outra vez, e repetiu varias vezes o movimento até a moça sentir-se à-vontade e pedir mais e mais rápido, não demorou muito para que o ritmo frenético volta-se, em minutos os dois rolaram para o chão ainda conectados e uma vez ali os movimentos se tornaram mais rápidos e mais profundos. A jovem dava gemidos altos e apertava as costas do rapaz, vez ou outra deslizando as próprias unhas afiadas, traçando um caminho de arranhões que ao invés de produzir dor, deixavam o jovem ainda mais excitado que por sua retribuía com investidas mais fortes na moça.
O jovem homem bombeava seu mastro pra dentro da moça como um touro feroz, ela sorria delirante aos suspiros. O rapaz levou a moça até a parede mais próxima e começou a comê-la de pé, ela com as mãos erguidas, ele mergulhado em seus seios, chupando-os, quase os comendo, a temperatura estava altíssima, seus corpos se consumiam em prazer, e o ritmo não poderia ser menos intenso. Estavam famintos um pelo o outro e devoravam-se em corpo e alma.
Uma vez de volta ao chão a moça cavalgou sobre o pênis do jovem homem. Seu dedo indicador estava na boca do rapaz e ele novamente a consumia com os olhos. Em um movimento rápido o rapaz inverteu as posições e colocou-se sobre a moça, ela estendeu os braços pelo chão em sinal de rendição e o pênis do rapaz agora erecto, firme e com as veias pulsantes guiou-se sozinho até a vagina da moça e bombeou, bombeou uma, a moça, contorceu-se. Duas, a moça gemeu. Três, ela virou os olhos e suspirou. Quatro, o rapaz gozou! Gozou como nunca antes. Jatos de porra jorravam pelo seu pênis inundando a vagina da jovem mulher, ele estendeu seus braços sobre os dela e apertou suas mãos. Ele não era mais um jovem rapaz, nem muito menos um moço ou um guri, e ela deixara de ser uma senhorita. Tornaram-se homem e mulher, e juntos eram um, em corpo e alma.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Violência


(imagem - google)

Violência é uma palavra difícil, não é tarefa fácil defini-la e exemplifica-la. Na verdade, violência é uma daquelas coisas que para entender mesmo é preciso senti-la, ou melhor, sofre-la. Apesar de viver na periferia cercado por muito do que não vale à pena eu nunca realmente me senti inseguro. Atribuo isso muito mais a prepotência da minha parte do que a qualquer tipo de segurança oferecida pelo estado ou não. Recentemente uma onda de assaltos a caixas eletrônicos fez com que os poucos que existiam no meu bairro fossem retirados, por medo. Pela ameaça de que a próxima vitima fosse o mercadinho da esquina ou a padaria logo ali na avenida. Mas puxa vida, esse não é o caminho inverso? Não deveria ser ao contrario? O correto não seria expandir a rede de estabelecimentos com caixas eletrônicos até mesmo abrir novas agências bancárias e desenvolver o bairro? Mas vejam só, a violência não deixou e eu pela primeira vez senti medo de viver onde vivo; de ir e vir por onde sempre fui e vim. Um tipo de medo que oprime e que me faz prisioneiro dentro do meu próprio meio. Senti medo por minha vida. Sim, afinal de contas vai que amanhã quando acabarem os caixas eletrônicos decidam assaltar universitários que voltam tarde da noite da faculdade. Ou quem sabe talvez eles optem por raptar pessoas às cinco da manhã quando estiverem saindo de suas casas para o trabalho, ah, sei lá, a ausência da segurança é causada pela presença da violência e esta por sua vez gera o medo.


Eu poderia citar milhares de exemplos, mas basta ligarmos a tv ou abrir qualquer site de noticias na internet. Na verdade, basta sairmos na rua e lá esta ela, a violência, seja como um fantasma que pode vir átona a qualquer momento ou corpórea, ali, estampada no rosto do teu vizinho, no sorriso fingido da tua mãe, ou nas palavras rápidas do açougueiro. A violência entra em nossas casas sem pedir licença, na rua em que moramos. A violência deita sobre nossas vidas e traz consigo o medo.

Hoje você desisti daquela festa de sexta anoite, ou deixa de comprar o pão ao crepúsculo, sem falar naquela caminhada antes do jantar, mas essa é somente uma parcela da violência, e si falarmos daquela que habita casas mundo a fora, aquela violência que surge de onde menos se espera aquela violência que vem em forma de palavras avessas, avessas porque são ditas por quem não deveria dizê-las, por quem deveria fazer o contrario, deveria proteger, ao invés de violentar.

Mas sabe o que realmente me assusta mais que a violência, o que realmente me põe medo e me entristece muito? É a aceitação disso, é o curvar-se da comunidade, das mulheres em suas casas, das pessoas em suas vidas, e principalmente o meu próprio comodismo. Saiamos às ruas e façamos alguma coisa, não podemos deixar que a violência se torne comum como andam dizendo por ai. Violência NÃO. Medo NÃO. Segurança, SIM.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Erotismo Metódico


Fora em uma tarde de ventos fortes, premissa de tempestade que a casa recebeu incomum visita. Na estrada de terra que corta todo o vale rochoso uma linha de poeira se movimentava em alta velocidade cruzando o deserto, era, pois, uma caminhonete; um daqueles trambolhos feito de puro aço que pesam quase uma tonelada.
O carro parou em frente à casa, mas não antes de fazer meia volta e levantar meio mundo de poeira e estacionar em posição de partida. Fora posicionado paralelamente ao portão de entrada e dele desceu primeiro um moço corpulento, com óculos escuros, camiseta regata de algodão e calças pretas apertadas. O rapaz apressou-se em fechar a porta do carro com um chute enquanto dava a volta pelo capo. Do outro lado a porta do carona era aberta as pressas por mãos longas com unhas pintadas em vermelho sangue. A mulher saiu do carro como quem acaba de sair de casa as presas para o trabalho. O cabelo ondulado estava bagunçado e antes que ela pudesse se recompor o rapaz a pegou pela cintura e trouxe-a para junto de seu corpo apoiando-a de costas na lateral da caminhonete. Ele elevou a moça a alguns centímetros do chão e a beijou vorazmente, seus lábios se encontraram com desejo; com fome insaciável uns dos outros. Suas línguas se encontravam sem pudor, sem doçura, mais se entrelaçavam tão firmemente que poderiam não mais se soltar. Os lábios do moço a’ lá James Jean deslizaram para o pescoço da jovem mulher, mas não sem antes morderem os lábios dela. Nesse instante a senhorita soltou um leve suspiro, talvez um gemido que fora abafado pelo assoviar do vento que balançava as folhas. O bom moço segurou firme o cabelo da boa menina com a mão esquerda, enquanto isso, sua direita apalpava com firmeza as coxas carnudas da moça. A mão insaciável do rapaz era sedenta por novas descobertas e explorou com afinco as partes baixas da jovem mulher que agora com o vestido levantado e a perna direita suspensa e apoiada na cintura do rapaz, gemia ao vento, dando ao jovem homem mais prazer do que ela mesma pudera estar sentido naquele tão pulsante toque.

Começara então a chover e eles tiveram que si soltar e correr para dentro da casa, uma vez lá dentro jogaram-se ao chão para ali mesmo continuarem tão inadiável momento, as grandes janelas da casa anunciavam a chegada da noite enquanto a chuva deslizava por suas vidraças.

Ali, ajoelhada de frente para o rapaz, a jovem senhorita elevou a regata dele, deixando-o de peito nu. Em seguida, deslizou uma das mãos para o volume em suas calças, apertou suavemente enquanto com a outra mão explorava parte a parte o peito nu do jovem homem. Ele não si conteve por muito tempo e interrompeu a moça deitando-a no assoalho de madeira ao mesmo tempo em que tirava uma das alças do vestido dela e lhe beijava o seio esquerdo até que passou a chupa-lo docemente e a moça deslizou suas mãos sobre os cabelos do rapaz agora com seu corpo todo sobre o dela, ambos semi- nus em um ritmo não tão frenético como antes, mas nem por isso menos gostoso. O rapaz tirou a outra alça do vestido da moça descobrindo assim o segundo seio, ele os comtemplou por algum instante até começar a apalpa-los e deixar sua boca sedenta por eles e em seguida mergulhar outra vez, mas agora não somete a um, mas sim a dois lindos seios, circunferências perfeitas em raio e diâmetro. Enquanto seus lábios se ocupavam em um, suas mãos se encarregavam de acariciar o outro e a jovem suspirava deslizando as mãos até as partes baixas do rapaz e abrindo seu cinto, soltando a fivela e abrindo o cós de sua calça, seus dedos longos logo se encontraram com o volumoso membro preso ali dentro, ela o acariciou e em seguida com a outra mão desabotoou a calça e pode finalmente por as mãos por inteiro no pênis do jovem homem sobre seu corpo, nesse momento ela mordeu o lábil inferior e o rapaz a ajudou a despir o resto de suas calças deixando-o completamente nu.

Nesse instante a jovem senhorita passou a fazer movimentos repetidos para cima e para baixo com a mão sobre o pênis do jovem homem, ele, por sua vez continuava mergulhado nos seios da moça chupando-os vorazmente. O rapaz deslizou a mão direita pelas coxas da senhorita e ao chegar próximo da virilha ele a apertou com afinco, fazendo a moça estremecer subitamente, a partir de então os dedos do rapaz caminharam vagarosamente por entre as pernas da jovem e tornaram a subir ate sua cintura, ao encontrarem a alça da calcinha o polegar e o indicador puxaram-na lentamente e segundos depois tornaram a subir e deslizaram suavemente para a fenda bem ao meio das pernas da moça. Uma vez ali, os dedos do rapaz trabalharam com caricia, excitaram ainda mais aquela jovem fazendo a contorcer-se de prazer e em sinal de aprovação a moça mordia o lábio inferior, sua fisionomia era toda satisfação...


desenho: Arlan Souza.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ao redor da fogueira.


Façamos uma fogueira. Estou tirando meus sapatos, meu casaco e meus óculos escuro.
Coloquem mais lenha,  joguen arrogância, medo e luxo.
Vamos correr ao redor da fogueira sob a luz das estrelas e quem trouxe violão, por favor, toca legião.
Alguém trouxe vinho? vamos beber, encher a cara e rir de tudo isso.
Hei, João,vem pra cá moleque, vem dançar com a gente.
Peguem os tambores, os panos e chamem os tocadores.
Fogo gente, muita gente. Vamos dançar.
Hoje eu quero sonhar, quero subir e descer, não quero ti ver.
Agora eu vou gritar. Cansei de chorar.
Ouça comigo e deixe-me sentir, eu vou dizer o que quero.
Vou entregar meu carrasco, vou abandonar minha culpa.
Joguem tudo no fogo e vejam eu fazer sorrisos com todo esse lixo.
Hoje eu não quero beijo nem abraço, só quero o cansaço de tudo o que agora faço.
Quero me esgotar de ser quem desejo, quero o estopim de mim.
Vamos pular e rolar, invocar Deus, Emanja, Buda e Alá.
Deixe eu ser quem eu sou. Mato o medo, enterro minha dor.
Ó meu senhor se achegue,venha, venha nu, mas venha. Venha logo.
Olha o fogo, olha o povo. Olha lá minha gente, meu sangue, toda minha fé.
Bebo vinho, cidra, cerveja e champagne, mas gosto mesmo é de água pura e natural.
Estou louco meu bem, vou tirar minha roupa e me atirar ao mar. Quero me afogar mesmo sem garantias de voltar a respirar.
Quero me arriscar, mesmo sem chance alguma de dar certo. Vou pular mesmo sabendo que você
não vai me segurar.
Eu vou cantar bem alto, vou fingir que sei voar.
To chorando lágrimas de felicidade. Eita que isso é tão bom.
Vou deitar e rolar na areia, vou sumir, derramar tudo que resta, quero me esgotar.
Vou chegar ao cume.
Hora dessas talvez eu caia, então que seja de exaustão por ter feito tudo que desejo, sem medo.
Hoje eu fui eu sem você, sem amarras, sem dor, sem cobrança e sem  nenhuma ausência.
Fui completo.
 Quero ser louco sem a culpa de fazer sofrer ou ao menos incomodar ninguém.
Esqueçam de mim.
Joguei forra a sobrevivência e escrevo em letras grandes que quero é VIVER.

(desenho: Arlan Souza)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Físico ou Abstrato - Parte 6.


Relembrar o dia em que li aquele livro pela primeira vez me faz sentir-se novamente como naquele exato instante. É como se eu ainda fosse jovem. Aqueles três primeiros capítulos levam-me ao inferno e só volto ao presente quando relembro que eles jamais aconteceram, não passaram de um tiro no escuro.


Recordo-me de cada passo dado naquele dia...

Cai em lágrimas assim que terminei de ler o livro, me esbofeteei até concluir de forma precipitada o que eu tinha que fazer, ou melhor, o que me restava fazer. Tomei um banho demorado de água fria em seguida coloquei meu mais belo vestido, vermelho todo em cetim. Calcei Minhas botas de cano longo e finalizei com um batom vermelho sangue, para acompanhar, uma bolsinha com alças em corrente de ferro.
Sai do meu flat na rua Caseres às sete horas da noite e fui para o centro, meu destino era o Royal, o prédio mais alto e mais bem localizado de Magestri, saltaria lá do alto, cairia em plena avenida principal no horário de maior movimento. Foi assim que planejei minha partida, era assim que as cortinas do meu show se fechariam.
Subi lances e mais lances de escadas, quando alcancei a cobertura eu ainda podia o ouvir o vai e vem de carros, os suspiros indecentes daquela cidade pecadora. Rumei para o peitoril do prédio, coloquei o primeiro pé e vi Magestri se mostrando tentadora, nesse instante fleches me vieram à cabeça, eu vi um passado distante, vi minha mãe, minhas filhas, meu esposo. Todos apareceram de uma só vez, perguntava-me se estavam ali para me empurrar ou para me segurar. Coloquei o segundo pé e antes que eu pudesse me jogar  fui puxada.

Era ele outra vez, o estranho noturno!

Ele sorria para mim enquanto me segurava pelas mãos.

- Olá Marcela.

Eu desatei a chorar, comecei a socá-lo e a gritar.
- Me largue, me deixe ir, eu, eu não mereço continuar, - A cada palavra um soluço e uma lágrima. - me solte, por favor, me solte, eu quero MORRER.
Ele me abraçou e em seguida encostou os lábios no meu ouvido e disse baixinho.
- Sabe Marcela, você me surpreende. Acha mesmo que é só isso? Errar a vida toda e depois se punir com a própria morte?
- Pouco! Pouquíssimo. Não acha? Desse modo tudo fica fácil de mais. Sua conta é alta e sua morte não é suficiente para paga-la.

É preciso mais.
É preciso pagar e vê-los gastar. É preciso devolver e vê-los usufruir.
                                          
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(Foto: Google)