quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Que o cotidiano não nos mate.


Peço aos deuses desta terra e de todo o espaço existente que o cotidiano não nos mate.
E que nós não nos acostumemos com nada, nem mesmo com a vida. Peço ainda que todas as manhãs sejam doce, sejam cheias e sejam vazias.

Peço que nenhum livro que eu leia seja tão bom a ponto de me fazer não ler nenhum outro.
Peço que venham muitos amores nas mais variadas formas, mas que ele venha.
Rogo a  Deus para que o meu diálogo seja coerente e que meus versos consigam dizer, ao menos um terço do que eu sinto.
Peço, com clemência, que eu jamais me petrifique, que pelas eras e eras eu seja vivo. Não importa sobre qual forma, desde que eu possa sentir o frio, o sol e a brisa.
 Que minh'alma viva e possa ser beijada e tocada. Que eu possa amar!

Peço ao grande deus sol que os dias de verão sejam longos por mais vezes, para que as crianças possam sair dos prédios e brincar. Rogo para que a conexão caia e que a chuva caia também. Que as bolas possam rolar, os balanços balancem, os vestidos rodem, os cabelos esvoacem  e os corpos se transformem em um.
Que o dia seja lindo.

Peço também que os telefones toquem. Que os emails cheguem. E que as cartas voltem a ser escritas. Mas que palavras também sejam ditas, muito mais vezes!

Peço enfim que haja vida e que esta ultrapasse qualquer sonho.