Eu tô aqui nesse exato momento pensando, porra, eu passei o domingo todo pensando nisso. Pensando em como me tornar mais útil para os outros e menos bajulador de mim mesmo. Como contribuir para minimizar as dores e os problemas dos outros e inflar menos um pouco o meu próprio ego.
Me sinto tão mesquinho por gastar tantas horas do meu dia na degradante tarefa de construir uma teia de mentiras bobinhas e invencionisses de amor verdadeiro.
Não querendo já sair aqui em defesa própria, mas a verdade é que sou produto do meio em que vivo. Porem o texto é um manifesto exatamente contra isso. Sim Arlan, você é produto do meio em que vive, mas tem por sorte a capacidade de olhar as coisas através da copa das arvores e não somente por dentro da floresta. Aqui de cima é tudo mais claro e objetivo, porém, é bastante solitário. Este é o preço que se apaga, afinal.
O que quero dizer é que nossas vidas se resumem na comtenplação de nós mesmos e isso é tão patético! Tão desencorajador e broxante! É como uma transa mal sucedida e sem porra no final. Ahh merda, broxei.
É uma redoma infindável de paparicos, amor daqui, roupa nova dali, presentinho, festinha, fotinho, beijinho, almoço, cinema, sexo e mimi, mimi e mimi.
Deuses, dêem-me forças para abdicar de tudo que é materialista, fútil e degradante.
Quero pensar não mais em mim o dia todo e nem na ausência daquilo que não tenho e na possível solução que os outros podem ser para os MEUS problemas.
Quero nunca mais ter de pensar na falta que você que eu nunca tive me faz.
Lindo é se realizar através das realizações do outro e ver que a nossa ajuda e o bem estar que proporcionamos é na verdade convertido em paz e bem estar também para nós mesmos. Eis aqui um exemplo simples de se conseguir harmonia, equilíbrio, igualdade e paz.
Resta-me então buscar meios e formas de praticar o desapego pessoal e esquecer ao menos aos domingos que eu não sou o centro do universo.
E finalmente, eu declaro guerra a tudo que diminui o ser-humano e convido a todos a pensar em como seria o mundo se nossa unica causa fosse o bem comum.
Que tenhamos força, mas que também tenhamos ternura!