sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Clube da luta


    (imagem - Google)
                                                                           

Você não é o seu emprego. Você não é quanto dinheiro você tem no banco. Você não é o carro que você dirige. Você não é o conteúdo da sua carteira. Você não é as calças cáqui que veste"  (Clube da Luta)

Sim! Nós não somos tudo isso, mas precisamos de tudo isso!

Precisamos? Precisamos mesmo de tantas coisas, de tantas roupas, de tantas opiniões não nossas? De tanto dinheiro, de tantos sapatos?

A nossa geração adora condenar o consumo, o capital, o exagero. Mas a verdade é que adoramos tudo isso, vivemos e consumimos, e somos HIPÓCRITAS também. Assim, bem versáteis.
Apoio bandeiras contra o consumo, mas assumo que também consumo, o sistema é foda.
O que procuro é encontrar um equilíbrio, entre o que quero, o que posso e o que preciso. Confesso! Nem sempre dá certo.
Também não concordo com anarquias instantâneas, com apartidarismos, com lutas sem bandeiras.
Todo grito tem que ter um propósito, talvez nem sempre pacifista, mas sempre em prol de mudanças positivas, mesmo que sejam apenas mudanças particulares; nossas mudanças interiores.
Sim! Acredito que é possível nadar contra a corrente, me disseram que entre um fluxo e outro há pequenos desníveis, e talvez seja por lá que nós devamos nadar para fugir do ciclo vicioso ao qual querem nos condenar. Tentar entender esse mundo, essa nossa sociedade é tarefa para gente doida e solitária, eu sou gente doida e solitária! Tentar sair do fluxo migratório do consumo midiático, industrial, químico e qualquer outro que possa haver é foda. É tarefa solitária, é uma guerra silenciosa e nós só temos Flexas contra poderosas bombas nucleares. Mas não desistamos de lutar, de acreditar em perspectivas diferentes fora da bolha. 
Proponho que ao invés de travarmos uma guerra contra o sistema, simplesmente saiamos dele. Ou melhor, vamos lá, sem utopias. Proponho que criemos alternativas múltiplas, desvios, becos, labirintos, caminhos auxiliares. Outras opiniões, conversas, pontos de vista. Proponho que desliguemos mais a TV, que leiamos menos jornal, que compremos menos roupas. Proponho que cozinhemos mais, que leiamos mais, que  conversemos mais, que andemos mais a pé e de bicicleta. Que brinquemos mais na rua nas tardes longas de verão. Proponho que  tentemos aprender a viver com menos dinheiro, e assim viveremos mais.

Clube da luta é um filme forte!
Porra, forte mesmo, pra caralho. E junto com outros filmes como "Na natureza Selvagem" "Brilho eterno de uma Mente sem Lembranças" "V de Vingança" e "Dog Ville" me dilacera por dentro, me destrói e reconstrói em minutos. Filmes que me fazem pensar em nosso real propósito nesse mundo doido.
Sociedade, sociedade, sociedade, quem somos?


E para quem quiser pensar um pouco mais a respeito, segue a canção "Society" de Eddie Vedder. Tema do filme " Na natureza Selvagem"

                                            


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