quarta-feira, 11 de março de 2015

Sociedade do consumo: o dinheiro corrompe o amor.

Desde quando surgiram às primeiras vidas na terra sempre houve a necessidade da perpetuação da espécie dois membros de sexos diferentes se aproximarem e multiplicar. Geralmente, o gênero feminino por ter uma importância maior na questão da fecundidade, uma vez que ele é que irá gestar a vida, seja no ventre ou ao colocar os ovos, tem mais necessidade e a natureza o favorece com habilidades mais especiais. Resumindo, o sexo feminino é mais dotado de beleza e atrativos naturais do que oposto do que o sexo masculino, salvando claro suas exceções em outras espécies de seres vivos.
Mas, claro que o ser humano, complexo por essência, graças a sua racionalidade, tem suas peculiaridades em comparação aos outros seres vivos existentes nesse planeta. Eis que uma dessas diferenças é justamente a questão da aproximação para o acasalamento. Ao evoluir a questão sentimental vai se tornando cada vez mais essencial para a conquista, no caso de animais do sexo masculino tentando seduzir o sexo feminino. Isso dá a impressão de que nunca existiu o amor que desde os primórdios da existência humana o sexo feminino se aproximou do ser masculino que tinha algo a lhe oferecer, uma segurança, uma força física, arte da caça, enfim, o amor o sentimento mais nobre, na verdade, é uma ilusão ou sempre esteve vinculado de forma secundária à outra mais prioritária, o interesse material.
O amor então não existe? Seria tudo um jogo de interesses de aproximação seja por proteção, ambição etc.? Não, o amor rompe essas barreiras, no entanto, na maioria dos casos a questão é por certo interesse ou algo que chame atenção, afinal, se formos ver a história os casamentos ocorriam por acordos entre as famílias e não por amor. Isso ocorreu principalmente entre o Império Romano e a história contemporânea, voltando mais no tempo ainda, os povos gregos dos quais somos herdeiros, acreditavam que o amor era um sentimento muito nobre e só poderia ser sentindo entre os seres superiores, ou seja, o amor só existia entre os homens, pois as mulheres só serviam para procriar.
Voltando para as sociedades atuais, vimos que o homem não amadureceu a ideia do amor, cada vez mais o que fala alto é a questão do status, não importa o que você é ou deixa de ser, o que importa é o que você tem ou poderá vir a ter. As pessoas se atraem e se deixam levar pela questão material, se ela a mulher se veste bem, se está sempre arrumada, com o corpo em cima, se o homem trabalha, é bem sucedido, é malhado na academia, se tem carro, se tem casa e etc. Oh amor, sentimento puro e nobre, abençoado pela deusa Afrodite e Vênus, que destrói obstáculos, que é idealizado por todos, que é a inspiração dos poetas, dos amantes. Onde você está? Não conseguimos mais sentir sua presença por causa desse sistema capitalista nefasto que te usa até nas obras cinematográficas para lucrar em tua honra. Onde você se escondeu? Será que ficaram nas lendas indígenas, africanas, orientais, será que você sempre foi uma utopia, será que você morreu, será que você está só na relação materna? Onde você estiver, por favor, retorne! Para que a humanidade perceba o quanto você é essencial nas nossas vidas. Por que sem você a pureza dos sentimentos perde os sentidos e revele-se que você é tão forte de quebrar todos os impedimentos que esse sistema coloca como invencível. Prove que o ser humano não é só podridão, que ele é, sim, um ser fiel à cópia do criador. Enquanto você não se manifestar, a ambição e o poder provam somente ao contrário, que ele dita a relação humana em todas as suas esferas e são interligadas por
Interesses. Isso faz com que a humanidade seja fútil, vulgar e de sentimentos pequenos e fugazes.





Pedro Bravo Frutos Junior
 Professor de História da rede Estadual de São Paulo.


domingo, 8 de março de 2015

A Marcha das Gigantes Minorias.


(imagem - google)


Eu convido todas as mulheres do mundo: índias, negras, brancas, pardas, caucasianas, amarelas, ruivas e toda e qualquer mais etnia ou cor que possa haver. Mulheres de além-terra, se existirem, por favor, venham também. Para caminharem juntas e gritarem ao mundo: Nós estamos aqui e não vamos retroceder!
Convoco estas mesmas mulheres para fazermos um cerco ao redor de seus filhos para que nenhum deles saia de casa para travar guerras que não lhes pertence. Mulheres de todo o mundo, eu rogo para que tenham força, coragem e meios de dizer BASTA a opressão causada por seus maridos, a violência infligida por seus pais e ao estupro descabido de seus corpos.
Mulheres! Do Congo, da China, Rússia, de Uganda. Mães Sírias saiam ás ruas pelo direito de ver suas filhas do outro lado da fronteira. Mulheres de todo o mundo, façamos agora mesmo uma muralha no campo de futebol onde querem descabidamente apedrejar uma jovem.
Indianas, Norte - Coreanas, Sul - Coreanas, Brasileiras, mulheres! Deem as mãos e façam sentinela nos ônibus, trens e aviões; seus corpos NÃO são patrimônio público, é um direito privado, são seus.
Juventude Israelense, Afegã, Paquistanesa e Iraquiana; tomem as ruas do oriente médio,. Chamem todos os outros, vamos cavar um foço e jogar nele todas as bombas, todas as lágrimas e as armas usadas na sangrenta e irrefreável tentativa de tirarem de vocês a fé e a esperança. Do monte Ararate na Turquia ás margens do Nilo, cantem em uníssono a canção do "Não queremos mais Guerra".

Homens! Vamos também dar as mãos a nossas mulheres, mães, professoras, irmãs, primas, namoradas e a todas as outras mulheres, vamos ajuda-las a fazerem parte desse mundo. Gritemos por elas e com elas. Vamos ajudar a construir um mundo onde as mulheres possam descer do ônibus a meia noite e andarem até suas casas sem o medo de perderem suas vidas, sem a necessidade de que um de nós precise estar ao lado para impor superioridade. Homens, façamos com que cada mulher deste mundo sinta-se segura não porque existem homens, mas porque elas são mulheres e devem ser respeitadas como tais.

Eu convoco os negros e os índios, peço também que se juntem a nós os nordestinos e os Chineses, para dizermos em alto e bom som: Nós vamos permanecer aqui, porque aqui também é o nosso lugar.

Eu peço que abram alas, porque mandei chamar toda a comunidade LGBT e eles e elas já estão subindo a Augusta, as ladeiras de São Francisco, atravessando as ruas do Recife e a ponte do Brooklin, estão amontoados na praça vermelha, nos portões de Brandemburgo e marchando por toda a África, todos dizendo a quem quiser ouvir e principalmente aos que insistem em não querer: Este mundo também é deles, também é nosso!  E por isso pedimos que parem de nos queimar vivos, de nos julgar por nossa orientação sexual ou pelo modo como nos vestimos. Pedimos para que não mais nos espanquem no metrô ou nas esquinas. Parem, por favor!
Eu clamo para que os famintos da África ainda tenham forças e possam vir caminhar conosco.
Chamo também os meninos soldados de Serra Leoa, suplico a eles que larguem seus AK47 e venham de mãos dadas se juntar a nós pelo direito de irem á escola, pelo direito de terem o que comer, pelo dever (nosso dever) de terem um lar e uma família. Pela esperança em terem de volta a infância roubada.
Se não nesta geração, pois então que na próxima, mas que nós, sejamos lembrados como aqueles que voltaram às ruas, que subiram nos telhados, cruzaram pontes e marcharam novamente de norte a sul em busca de equidade e liberdade. Liberdade dos gêneros, igualdade dos sexos. Digamos NÃO mais uma vez as distinções de raça, credo, sexualidade ou qualquer outra.
Eu convido as igrejas da América, o alto clero de Roma, os Anglicanos da Grã Bretanha.  Muçulmanos, Judeus, mestres da Umbanda, seguidores de Buda, Oxalá e Alá. Venham todos, vamos caminhar além de nossas causas particulares, até o ponto em que todas elas sejam comuns.

Continuemos andando, de mãos dadas e com satyagraha!

Inicialmente era para ser um texto apenas para as mulheres, mas o camaleão se empolgou e fez um texto para todo mundo.
Mas o dia é de vocês meninas, e eu vos desejo força e beleza, garra e brilho, coragem e persistência.
Lembrem-se mulheres, vocês são maioria neste mundo, são a maioria capaz de mudar o rumo hostil no qual acostumamos a caminhar.