Desde quando surgiram às primeiras
vidas na terra sempre houve a necessidade da perpetuação da espécie dois
membros de sexos diferentes se aproximarem e multiplicar. Geralmente, o gênero
feminino por ter uma importância maior na questão da fecundidade, uma vez que
ele é que irá gestar a vida, seja no ventre ou ao colocar os ovos, tem mais
necessidade e a natureza o favorece com habilidades mais especiais. Resumindo,
o sexo feminino é mais dotado de beleza e atrativos naturais do que oposto do
que o sexo masculino, salvando claro suas exceções em outras espécies de seres
vivos.
Mas, claro que o ser humano,
complexo por essência, graças a sua racionalidade, tem suas peculiaridades em
comparação aos outros seres vivos existentes nesse planeta. Eis que uma dessas
diferenças é justamente a questão da aproximação para o acasalamento. Ao
evoluir a questão sentimental vai se tornando cada vez mais essencial para a
conquista, no caso de animais do sexo masculino tentando seduzir o sexo
feminino. Isso dá a impressão de que nunca existiu o amor que desde os
primórdios da existência humana o sexo feminino se aproximou do ser masculino
que tinha algo a lhe oferecer, uma segurança, uma força física, arte da caça,
enfim, o amor o sentimento mais nobre, na verdade, é uma ilusão ou sempre
esteve vinculado de forma secundária à outra mais prioritária, o interesse
material.
O amor então não existe? Seria tudo
um jogo de interesses de aproximação seja por proteção, ambição etc.? Não, o
amor rompe essas barreiras, no entanto, na maioria dos casos a questão é por
certo interesse ou algo que chame atenção, afinal, se formos ver a história os
casamentos ocorriam por acordos entre as famílias e não por amor. Isso ocorreu
principalmente entre o Império Romano e a história contemporânea, voltando mais no
tempo ainda, os povos gregos dos quais somos herdeiros, acreditavam que o amor
era um sentimento muito nobre e só poderia ser sentindo entre os seres
superiores, ou seja, o amor só existia entre os homens, pois as mulheres só
serviam para procriar.
Voltando para as sociedades atuais,
vimos que o homem não amadureceu a ideia do amor, cada vez mais o que fala alto
é a questão do status, não importa o que você é ou deixa de ser, o que importa
é o que você tem ou poderá vir a ter. As pessoas se atraem e se deixam levar
pela questão material, se ela a mulher se veste bem, se está sempre arrumada,
com o corpo em cima, se o homem trabalha, é bem sucedido, é malhado na
academia, se tem carro, se tem casa e etc. Oh amor, sentimento puro e nobre, abençoado
pela deusa Afrodite e Vênus, que destrói obstáculos, que é idealizado por
todos, que é a inspiração dos poetas, dos amantes. Onde você está? Não
conseguimos mais sentir sua presença por causa desse sistema capitalista
nefasto que te usa até nas obras cinematográficas para lucrar em tua honra. Onde você se
escondeu? Será que ficaram nas lendas indígenas, africanas, orientais, será que
você sempre foi uma utopia, será que você morreu, será que você está só na
relação materna? Onde você estiver, por favor, retorne! Para que a humanidade
perceba o quanto você é essencial nas nossas vidas. Por que sem você a pureza
dos sentimentos perde os sentidos e revele-se que você é tão forte de quebrar
todos os impedimentos que esse sistema coloca como invencível. Prove que o ser
humano não é só podridão, que ele é, sim, um ser fiel à cópia do criador.
Enquanto você não se manifestar, a ambição e o poder provam somente ao
contrário, que ele dita a relação humana em todas as suas esferas e são
interligadas por
Interesses. Isso faz com que a
humanidade seja fútil, vulgar e de sentimentos pequenos e fugazes.
Pedro Bravo Frutos Junior
Professor de História da rede Estadual de São Paulo.