quinta-feira, 28 de maio de 2015

Êxtase!


Este é o momento em que se eu fumasse acenderia um cigarro, mas não fumo. Poderia até abrir minha melhor garrafa, mas não tenho nenhuma em casa. Também não cheiro e nem injeto, caso contrário, hoje eu teria uma overdose.

É estranho porque as vezes, como hoje, me pego com vontades que não costumam ser minhas, elas chegam do nada e emanam com força e pressa, como se estivessem sempre em mim e resolvessem despertar de ultima hora.
 Hoje me deu vontade de ouvir Luiz Gonzaga e dançar forró agarradinho. Confesso, tô perigoso! Pegando fogo e rindo alto também. Eu tô estranho cara! hahaha.


É um à flor da pele só de corpo, sem sexo. Uma vontade de beijar, beijar de língua, com saliva e força, quase comer, mas só beijar.
Dois corpos suados que de tão grudados tornaram-se um.
Luiz Gonzaga acabou, agora é a vez de "Do I Wanna Know" do Artic Monkeys e eu consigo ver o microfone vintage, o tablado e a bateria. Eu tô de black tie e minha camisa tá completamente molhada, mas não é suor, é a reação química do meu corpo em puro êxtase, é a conversão do abstrato em físico.
Me lembrei de um show em Foz, uma guria alta e loura, vocalista de uma banda de Curitiba que roubou meu coração ao cantar Valerie, Legião e Sweet Caroline. Cara, eu gritava e cantava. Estava em um bar pequeno e lotado na fronteira do Brasil ao som de clássicos do rock, do blues e soul. Caralho! Foi bom demais.


Êxtase - Cláudio Dickson

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