quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cair e levantar, beijos acima da média, amigos, textos, sexo em inglês e tapas na cara = 2015 :)



Eu deveria escrever aqui em letras garrafais um grande obrigado por um ponto final e pronto.
Isso seria ao meu ver mais que suficiente,  ser grato e simples, direto e reto.
Mas vamos lá, eu escrevi tão pouco este ano que seria falta de educação deixar 2015 ir sem dizer algumas palavras.
Este ano eu conheci uma porção de gente nova, fiz novos amigos, mais que cinco, me despedi deles também, disse adeus, atravessei um oceano, conheci a terra da rainha, falei português de Portugal em Portugal. Fui a um pub e bebi a mesa com gente do mundo todo. Almocei pizza em Londres sentado a mesa com Turcos, franceses, e claro,  italianos.
Este ano troquei de emprego, de casa, voltei pra casa. Beije mais que a média somada de todos os anos que vivi (hahaha). Defendi meus pontos de vista e me ferrei por  isso, mas no fim das contas me dei melhor por faze-lo. Confiei em pessoas que  não devia ter confiado, fui imprudente e neguei minha responsabilidade, tudo isso pra entender agora que sim, sou responsável por tudo que faço e deixo que façam comigo, inclusive por ter chegado onde cheguei e vivido o que vivi. Aprendi a deixar ir e entendi que sim, há males que virão para o bem e só perceberemos isso quase sempre depois, mas tudo bem, o importante é percebamos isso . Essa parte pode ser posta aqui da seguinte forma: A vezes se você não se mexe, vem a vida e te chacoalha por inteiro e te dá dois tapas e graças a Deus que ela faz isso, amém!
Este ano eu ganhei um afilhado, fui padrinho de casamento e fiz 24. Estou feliz pelos dois primeiros e preocupado com o ultimo.
Este ano eu dei um puta beijo em uma esquina de baixo de uma noite estrelada, e mesmo que pareça desnecessário e talvez seja, escrevo isso aqui para não esquecer, porque foi bom e foi gostoso pra caralho. Ah, eu também transei em inglês, só  pra constar. ;) (kkkkkk)
Ai meus Deus, já ia me esquecendo, este ano eu também publiquei meu primeiro texto em revista e aprendi a preparar salmão com molho de maracujá e me senti  foda por isso.


Ahh, e  fui parado pela blits da federal  voltando de Foz, andei de barco, conheci Itaipu e as cataratas. Pisei rapidamente no Uruguai e voltei correndo. Me perdi a meia noite em Paris, perdi também meu avô paterno, ou melhor, não se pode perder o que não se tinha, então dizer que ele faleceu fica mais bem posto. (descanse em paz vô).

Pra 2016? Eu quero ir até onde nunca fui, falar com pessoas que ainda não conheço e ouvir seus achamentos sobre o mundo. Aprender, aprender mais e mais. Saúde e amor, muuuuito amor!



:)






domingo, 20 de dezembro de 2015

Para o mundo, com amor. / To the world, with love.

Brighton Railway, julho de 2015.

Estou na Inglaterra há quase um mês e está é a primeira vez que escrevo sobre a viagem. Em minha ultima semana, decidi passar a tarde de hoje em Londres e agora estou voltando para casa, em Brighton. Sei que soa estranho escrever "estou voltando para casa" mas é exatamente este o sentimento que tenho por essa pequena cidade da costa sul da Inglaterra. Aqui é  talvez o lugar perfeito, porque é interiorano mas também cosmopolita; o mundo inteiro vem pra cá estudar inglês. As ruas, lojas, restaurantes, todos estão sempre cheios de turcos, italianos, franceses, colombianos e coreanos. É uma loucura gostosa. E ainda temos a praia e o oceano azul claro e reluzente. Há também parques e bicicletas, muitas bicicletas, aqui é a terra delas.

Brighton é calma, convidativa e também pode ser barulhenta se você quiser que ela seja, basta ir no lugar certo.
Para não ser perfeito  farei uma critica: a comida! Confesso que vou odiar batatas por um longo tempo. Mil saudades do feijão com arroz da minha mãe. 
Até aqui minhas observações foram clichês; comida, saudade, lugares bonitos. Mas o que realmente me surpreendeu e vai me dilacerar em breve, quando eu voltar para minha casa de verdade, serão os amigos para os quais terei de dizer até logo, porque me recuso a dizer adeus, embora saiba que possa ser um até nunca mais. Este será o grande choque para mim. As culturas diferentes, costumes, comida, idioma. Nada disso supera a angustia de saber já de antemão que provavelmente nunca mais verei as pessoas com as quais convivi no ultimo mês. Sem ser dramático, mas sendo, isso é como uma morte anunciada.  Eu sei, os tempos são outros, as distâncias foram reduzidas ao computador do quarto e ao celular no bolso da calça, vai dar pra continuar se falando e possivelmente marcar um encontro daqui ha algum tempo, inclusive isso é uma promessa e quero honra-la.
Muitos dirão que estou sendo sensível demais, afinal foi apenas um mês. Talvez isso possa ser verdade, mas prefiro acreditar que não. Prefiro crer na beleza dos encontros, pensar que um dia eu estava no meu bairro, com amigos de longa data, primos que conheço desde o meu nascimento, e ainda ontem almocei com pessoas de diferentes lugares do planeta, cada uma com sua percepção do mundo, educadas de formas diferentes e que por alguma semelhança ou sei lá o que decidiram compartilhar um bocado do seu tempo comigo, com os outros. E com os passar dos dias os almoços se tornaram caminhadas, idas a praia, conversas e debates sobre os mais variados temas, mais almoços, festas, piqueniques, despedidas, mais almoços, passeios, bares e mais almoços. Isso é tão instigante, sou apaixonado por saber como o outro  o mundo, como os outros são influenciados e se comportam perante as mesmas coisas que eu exergo, e ainda mais, que coisas há do outro lado que eu ainda não vi, vivi, ouvi, senti ou comi? Milhares, milhões, talvez infinitas.
O mundo é uma criação extraordinária e descobri lo é fascinante.
Hoje me sinto agradecido e digo ao mundo com amor: obrigado por ser tão gigante e misturado.
Espero poder senti lo e desbrava lo ao máximo.


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Brighton Railway, July 2015.

I am in England for almost a month and this is the first time I write about the trip. In my last week, I decided to spend the afternoon in London and now I'm coming home in Brighton. I know it sounds strange writing "I'm coming home" but this is exactly the feeling I have for this small town south coast of England. Here it is perhaps the perfect place because it is small-town but cosmopolitan; the whole world come here to study English. The streets, shops, restaurants all are always full of Turkish, Italian, French, Colombian and Korean. It's a delicious madness. And we still have the beach and the clear and sparkling blue ocean. There are also parks and bicycle, many bikes, here is the land of them.
Brighton is calm, inviting and can also be noisy if you want it to be, just go in the right place.
Not to be perfect I will make a criticism: the food! I confess that I'm going to hate potatoes for a long time.
So far my observations were cliches; food, longing, beautiful places. But what really surprised me and will tear me soon when I get back to my real home will be friends for which I will have to say goodbye, because I refuse to say goodbye, although I know it can be an even never . This will be a shock for me. Different cultures, customs, food, language. None of this overcomes the anguish of never knowing already in advance that probably will see more people with whom I lived in the last month. Without being dramatic, but being, it is like a death foretold. I know, times have changed, the distances were reduced to the computer room and the cell phone in his pants pocket, will give to keep on talking and possibly arrange a meeting here for some time, even that is a promise and I want to honor it .
Many will say I'm being too sensitive, after all was only a month. Perhaps this may be true, but I prefer not to believe that. I prefer to believe in the beauty of the meetings, to think that one day I was in my neighborhood, with longtime friends, cousins ​​I know from my birth, and yesterday I had lunch with people from different places on the planet, each with their perception of the world , educated in different ways and for some semblance or whatever they decided to share a bit of your time on me with others. And with the passing of days lunches became walks, trips to the beach, conversations and debates on various topics, most lunches, parties, picnics, farewells, most lunches, trips, bars and most lunches. This is so exciting, I love to hear how others see the world as others are influenced and behave towards the same things I see, and further, that stuff's on the other side I have not seen, lived, heard, I felt or ate? Thousands, millions, perhaps endless.
The world is an extraordinary creation and discovered it is fascinating.
Today I feel grateful and say to the world with love: thank you for being so gigantic and mixed.

I hope can feel it and tames it to the fullest.





* I'm sorry for the bad translation, my English is not perfect and I had to resort largely to google translator.